As Melhores Séries de 2024

Da luxuosa Xógum ao choque emocional de Entrevista com o Vampiro e o humor de Abbott Elementary: confira nossas séries favoritas de 2024

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O ano televisivo de 2024 continua enfrentando as consequências da pandemia e das greves. Não é preciso procurar muito: em uma das duas cerimônias do Emmy realizadas na última temporada, a Academia penou para achar oito candidatas ao troféu que outrora fora o de maior prestígio: Melhor Série de Drama.

O texto que recapitula as produções mais interessantes, inovadoras, divertidas, sublimes e dignas de menção vai do Brasil à Coréia do Sul, do romance à fantasia e passa um bom tempo nas telas animadas dos X-Men. Que 2025, com seus retornos triunfais e novos arranjos na organização midiática americana, traga boas notícias – e ótimos programas de TV.

Saída de Renée Rapp não abalou Sex Lives, que trouxe novas personagens ao núcleo principal (Foto: Max)

O amor ainda é possível na cidade grande

Poucas produções conseguem combinar delicadeza, ousadia e crítica social como Love in the Big City, o dorama gay coreano que se tornou o epicentro de debates sobre representatividade LGBTQIAPN+ em 2024. Baseado no romance de Park Sang Young, a série segue a jornada de Go Young (Nam Yoon Su), um jovem gay em Seul que, após conflitos com sua mãe conservadora e o término de um relacionamento marcado por pressões sociais, encontra refúgio na amizade com Mi Ae (Lee Soo Kyung). A trama ganha novos contornos quando Go Young viaja para a Tailândia, um momento de ruptura que catalisa sua busca por autenticidade e felicidade em um mundo que insiste em rotulá-lo.

O grande trunfo da série é sua habilidade de mesclar experiências profundamente pessoais com temas universais, como autodescoberta e resiliência. Cada episódio, dirigido por diferentes cineastas, oferece uma abordagem única que enriquece a narrativa. Da atmosfera vibrante das baladas LGBTQIAPN+ de Seul aos cenários de contemplação na Tailândia, a produção entrega uma experiência estética e emocional que ressoa com públicos de todas as partes do mundo. É também um ato de resistência cultural, ao desafiar a rigidez da sociedade coreana em relação a temas como sexualidade e identidade de gênero.

Entretanto, a recepção não foi unânime. Love in the Big City foi alvo de polêmicas e protestos de grupos conservadores, que criticaram a maneira franca como a série aborda relações homoafetivas e questões de sexualidade. Essas reações, no entanto, só reforçam sua relevância. Para além de um simples entretenimento, a série se posiciona como um manifesto pela aceitação e pelo direito de amar livremente – e é exatamente por isso que se tornou uma das produções mais marcantes do ano. – Vinícius Rodrigues

A vida caótica e sexual das universitárias

Depois de duas temporadas recheadas de diálogos afiados, amizades caóticas e uma boa dose de confusão, A Vida Sexual das Universitárias retorna em sua terceira temporada com ainda mais ousadia e coração. Criada por Mindy Kaling e Justin Noble, a série acompanha as aventuras e desventuras de quatro colegas de quarto enfrentando os altos e baixos da vida universitária – e se 2024 nos ensinou algo, é que essas histórias nunca envelhecem. O que torna esta temporada tão especial é a forma como as protagonistas finalmente começam a enfrentar os dilemas que vêm com o amadurecimento, seja na busca por autonomia, nas questões de identidade ou nos dramas inescapáveis do amor e do desejo.

A força da série está no equilíbrio perfeito entre humor e vulnerabilidade. Ela não só celebra a liberdade da juventude, mas também reconhece seus desafios e inseguranças, muitas vezes com uma sensibilidade desarmante. Cada personagem continua a crescer, surpreendendo o público com novos níveis de profundidade. Esta temporada é um lembrete poderoso de que as histórias femininas podem – e devem – ser multifacetadas, engraçadas e genuínas. – VR

Episódio focado em Gambit foi um dos destaques de X-Men ‘97 (Foto: Disney+)

X-Men e a nostalgia ainda andam juntos?

O revival mais aguardado do ano não decepcionou. X-Men ’97 chegou para aquecer os coraçõezinhos dos fãs da icônica animação dos anos 90 e para trazer novos espectadores ao universo dos mutantes. Com uma trama que se conecta perfeitamente à série original, a nova temporada não apenas explora as complexidades das relações entre humanos e mutantes, mas também reflete debates contemporâneos sobre diversidade, aceitação e resistência. Cada episódio, embora curto, é uma lição sobre o poder da empatia e da luta por igualdade, entregando uma narrativa ao mesmo tempo nostálgica e atual.

Visualmente, a série mantém o charme clássico, mas com um upgrade técnico que faz jus às produções modernas. Os personagens continuam sendo o coração da história – de Vampira e Tempestade a Jean Grey e Gambit, cada um brilha com suas nuances e conflitos. X-Men ’97 é mais do que um presente para os fãs antigos; é uma reafirmação do porquê as histórias das minorias continuam ressoando, mesmo décadas depois. Leia mais aqui. – VR

Amor por amor e um romance além da realidade

Entre os grandes sucessos de 2024, Love for Love’s Sake se destaca como uma narrativa ousada e inovadora que mescla romance, fantasia e uma dose de introspecção filosófica. A série acompanha Tae Myung Ha (Lee Tae-vin), um homem de 29 anos que, ao se ver transportado para dentro de um jogo online, passa a habitar o corpo de um personagem de 19 anos. Lá, sua missão é clara, mas emocionalmente desafiadora: trazer felicidade a Cha Yeo Woon (Cha Joo-wan), um jovem atleta de destaque nos campeonatos nacionais de atletismo. O que começa como uma aventura digital se transforma em um profundo estudo sobre identidade, amor e as escolhas que nos definem.

Cha Yeo Woon é o centro emocional da história, com sua força silenciosa e carisma natural, enquanto Cheon Sang Won (Oh Min-su), herdeiro de uma família rica, introduz camadas de tensão e intensidade emocional ao enredo. Já Ahn Kyung Hoon (Woong Gi), com sua natureza introspectiva, oferece o equilíbrio necessário, servindo como o suporte fiel que ajuda Tae Myung Ha a navegar pelas complexidades do mundo virtual. A série vai além do que se espera de uma narrativa baseada em jogos: ela explora os laços humanos em sua forma mais pura, tecendo temas de autodescoberta, lealdade e sacrifício em um universo de possibilidades ilimitadas.

O que torna Love for Love’s Sake inesquecível é sua habilidade de combinar cenários tecnicamente impressionantes com diálogos emocionantes e uma trama carregada de significado. Em cada interação entre os personagens, o espectador é convidado a refletir sobre o que significa ser verdadeiro consigo mesmo e com os outros, mesmo em uma realidade que desafia todas essas regras. Uma série que nos faz rir, chorar e, acima de tudo, acreditar no poder transformador do amor. – VR

Com nova canção-tema, a bruxa trouxe elenco luxuoso e até um romance inédito (Foto: Disney+)

A anti-heroína que precisávamos

Mesmo antes de estrear, Agatha Desde Sempre já era um dos projetos mais comentados do ano, e com razão. A série spin-off de WandaVision finalmente deu a Agatha Harkness, interpretada pela impecável Kathryn Hahn, o palco que ela merece. Com um humor sombrio e um tom deliciosamente irreverente, a produção mergulha na origem e nas motivações dessa personagem que rouba todas as cenas. Mais do que um aprofundamento do universo da Marvel, Agatha é um estudo de caráter que flerta com o horror, a fantasia e a comédia de maneira magistral.

Mas Hahn não está sozinha nesse show. Debra Jo Rupp retorna no papel de Sharon, continuando a brilhar e provando que mesmo os coadjuvantes têm o poder de roubar a cena. A série também apresenta performances memoráveis de Joe Locke como Wiccano, cuja química com Hahn e carisma natural o destacam entre os novos talentos, e Patti LuPone, que traz uma presença teatral marcante ao interpretar a enigmática e cheia de segredos Lilia Calderu. Isso sem mencionar as impecáveis Aubrey Plaza, Sasheer Zamata e Ali Ahn, que dão vida a Rio Vidal, Jennifer Kale e Alice Wu-Gulliver, respectivamente. Cada uma dessas atuações enriquece a produção, transformando Agatha em um verdadeiro espetáculo de talentos.

O que torna a série tão especial é como ela subverte as expectativas do público. Agatha não é uma vilã comum – sua complexidade reside no fato de que ela é tão identificável quanto perigosa. Entre feitiços caóticos e diálogos que transbordam sarcasmo, a série também explora temas universais como ambição, solidão e os limites entre o bem e o mal. Se WandaVision foi uma experiência inovadora, Agatha All Along prova que ainda há espaço para a Marvel se reinventar – e nos conquistar. Leia mais aqui. – VR

Bruna Marquezine é destaque de Amor da Minha Vida (Foto: Disney+)

A autenticidade dos amores da nossa vida

Amor da Minha Vida, série brasileira lançada em 22 de novembro no Disney+, se destaca como uma comédia romântica que aborda de forma honesta e despretensiosa os altos e baixos do amor na vida adulta. Criada por Matheus Souza e com direção compartilhada entre ele, René Sampaio, Tatiana Fragoso e Bruna Marquezine (que também é a protagonista), a história mostra a habilidade de transformar vivências pessoais em narrativas universais. 

Assim como em Me Sinto Bem Com Você, disponível no Prime Video e também criado por Souza, a trama tem como base histórias e experiências do próprio criador e de seus amigos, garantindo uma autenticidade na narrativa. A produção explora a complexidade das relações modernas e os dilemas emocionais com uma abordagem intimista, reforçada pelos diálogos sensíveis e pelo talento do elenco, que inclui Sérgio Malheiros no protagonismo. As histórias propõem uma reflexão sobre as expectativas e os desafios de se conectar genuinamente em um mundo tão acelerado. A direção combina sensibilidade e naturalidade, criando um ambiente imersivo que questiona as expectativas irreais do amor romântico.

Além de trazer uma química cativante entre os personagens, Amor da Minha Vida também rompe barreiras ao explorar cenas íntimas com uma perspectiva humana e realista. Com um elenco estrelado, a série se posiciona como uma das maiores estreias nacionais do Disney+ e um equilíbrio entre humor, intensidade e emoção. – Júlia Paes de Arruda

Os prêmios não param de acumular, com as recentes vitórias de Xógum no Globo de Ouro (Foto: FX)

Os conflitos do Japão feudal

Xógum: A Gloriosa Saga do Japão foi daqueles fenômenos raros. Produção em conjunto do Ocidente e do Oriente, a original do FX adapta novamente o colossal romance de James Clavell, um épico dedicado às relações minuciosas em uma briga de lordes e soldados. Fez história no Emmy, com 18 estatuetas pelo ano inicial, e proporcionou ondas de aclamação para o elenco. De uma inquestionável Anna Sawai no papel de Kimiko, até os trabalhos musculosos de Hiroyuki Sanada, Tadanobu Asano e Fumi Nikaido, o drama mudou o cenário de 2024 com paciência e classe. Leia a crítica aqui. – Vitor Evangelista

Como fênix, o retorno triunfal de True Detective

Dez anos depois de uma temporada fantástica, e duas continuações que não viveram à altura das expectativas, a HBO decidiu reviver seu procedural antológico. Para a missão, a mexicana Issa López trouxe Jodie Foster e Kali Reis como duas policiais que congelam no Alasca, investigando um picolé humano grotesco e, quem sabe, ecos de uma ameaça sobrenatural. A receita deu mais do que certo, com True Detective: Night Country provando que há vitalidade e criatividade na máquina de reboots e remakes. Leia a crítica aqui. – VE

A graça e mortalidade das aves em Capote Vs. The Swans

Outra criação adormecida que retornou em plena forma foi Feud. Sete anos depois de dramatizar a briga entre Bette e Joan, a série de Ryan Murphy e companhia aposta na sóbria intriga envolvendo Truman Capote e suas musas. Tom Hollander transformou-se em cena, fazendo do escritor uma flamejante rompante de temor e egoísmo. Ao lado de divas mais do que superlativas, a temporada fez o que sabe de melhor: entre drinques e fumaça de cigarro, serpenteou temas de solidão, repressão e misoginia, aparatos que a obra de Murphy maneja com clarividência. Leia a crítica aqui. – VE

Derivado do universo criado por Matt Reeves, série do Pinguim não esconde o potencial (Foto: HBO)

Em Gotham, uma atração à parte do Morcego

Criada por Lauren LeFranc e tonificada pela direção de Craig Zobel, a série que acompanha os trâmites do Pinguim, papel de Colin Farrell, surpreendeu ao engrossar o caldo dramático e fazer das sagas de máfia algo suculento e refrescante de novo. A isso, somam-se os desempenhos acima da média de Cristin Milioti, Rhenzy Feliz e Deirdre O’Connell, avatares das melhores qualidades e dos defeitos mais sombrios do vilão do Batman. Leia a crítica aqui. – VE

Briga e traição no mundo da Comédia

Deborah Vance (Jean Smart) e Ava Daniels (Hannah Einbinder) até desviam dos enlaces românticos e eróticos que Hacks propicia na trinca de criadores, todos muito bem estudados na arte do caos bissexual que uma desperta na outra. Mas a terceira temporada, reconhecida, enfim, com um Emmy na categoria principal, é veículo para uma repaginação no núcleo da produção, que primeiro une as protagonistas para depois inverter a cadeia alimentar e, no processo, apunhalar de supetão todos os envolvidos. Que venham logo os próximos acontecimentos… Leia a crítica aqui. – VE

Em expansão

A comédia Shrinking, abrasileirada como Falando a Real, recalculou a rota após uma estreia motivadora, mas não muito instigante. A 2ª temporada traz mais dos desarranjos dos terapeutas e seus amigos, com uma performance nada menos do que fantástica de Harrison Ford, que rouba as piadas e o melodrama sem ver a quem. – VE

Marina Summers conquistou a audiência global com sua participação no reality de RuPaul (Foto: World of Wonder)

O verdadeiro embate global

Falar de Global All Stars para os fãs de RuPaul’s Drag Race é assunto sensível. Mas, alguns meses antes da franquia estrear sua primeira versão intercontinental, uma temporada menor fez melhor. O UK vs. the World 2 organizou um elenco de carisma (e diversidade de spin-offs), com criatividade e aquele gostinho de crossover que depois. Por mais que a coroação de Tia Kofi possa ter um gosto amargo para os fanáticos por Marina Summers, a competição de drag queens fica no canto positivo das memórias do reality em 2024. Leia a crítica aqui. – VE

A terceira temporada e o início da quarta de Abbot Elementary

A genialidade de Quinta Brunson prospera na 3ª e 4ª temporada (ainda passando na TV) de Abbott Elementary. Para os amantes de The Office e do gênero mocumentário, a comédia escolar encontra lugar próprio na televisão, e se posiciona no panteão ao lado de Parks and Recreation e outras produções lendárias. Abbott cultiva personagens que encarnam nuances geracionais e sociais, ao construir uma sátira antropológica consciente de que o bobo e o divertido podem fazer rir tanto quanto uma boa tirada. Os absurdos do dia a dia dividem tela com a sensibilidade das relações humanas, criando personalidades identificáveis, apaixonantes e muito engraçadas. Leia a crítica da 3ª temporada aqui. – João Arnaldo Brunhara

A quarta temporada da versão americana de Ghosts

A adaptação americana da série da BBC já contabiliza quatro temporadas e anda muito bem com suas próprias pernas fantasmagóricas. Em primeiro momento, o humor americano convertido do tom britânico e a personalidade caricata das personagens pode causar estranhamento, mas a consistência convence e os elementos falam a mesma língua. Ghosts explora a possibilidade que o além-vida cabe numa série de comédia, com as peculiaridades de seus mortos e vivos como combustível para os episódios. A graça se manifesta na interação das personagens e as peripécias reservadas pelo destino, sem se dedicar tanto a uma narrativa linear, mas inserindo espaço para crescimento aqui e ali. – JAB

Sexta temporada da comédia sobrenatural contou até com finais “alternativos” (Foto: FX)

A sexta e última temporada de What We Do in the Shadows

A série de vampiros de Jemaine Clement e Taika Waititi inspirada no filme homônimo chegou ao fim. Estamos o tempo todo inseridos na vamilia de Staten Island, multifacetada e sempre se metendo em confusão. As personagens estão a tanto tempo na Terra que se transformam em caricaturas da caricatura, no melhor dos sentidos. A última temporada se despede com satisfação: já estava na hora de concluir a história, que apresentava certa dificuldade em inovar e sustentar a qualidade 5 estrelas dos outros anos. O cotidiano vampiresco e humano abraça a loucura de nós mesmos e de quem amamos, seja ela qual for, e transforma o falso documentário em uma série de conforto, para dar play e esquecer da seriedade do mundo lá fora. Leia a crítica aqui. – JAB 

A primeira temporada de Matéria Escura

Se você gosta de séries que se empenham em dar um nó nos neurônios, Dark Matter faz com maestria. A série de Blake Crouch, adaptada de seu livro de mesmo nome, centra a história em Jason, um físico que é raptado por uma réplica de si mesmo e acorda numa Chicago alternativa pertencente a outro universo. A narrativa estica os limites da ficção científica sem menosprezar o relacionamento complexo entre as personagens, criando cenários pelos saltos no multiverso que questionam o quanto de nós representa nós mesmos, e explora os caminhos do peso de cada decisão. Ao reposicionar o arrependimento de uma ideia hipotética para uma possibilidade prática, as versões de Jason e sua família descobrem que o que é ruim sempre pode piorar. Para quem assiste, só melhora. – JAB

Lestat promete abraçar a aura de estrela do rock na próxima leva de capítulos do drama de Anne Rice (Foto: AMC)

A segunda temporada de Entrevista com o Vampiro

A 2ª temporada de Entrevista com o Vampiro marca o fim da adaptação do primeiro livro de Anne Rice, criadora do universo. A história, que já ganhou filme em 1994 com Tom Cruise e Brad Pitt, foi reconstruída para a televisão com a interpretação suntuosa de Jacob Anderson e Sam Reid. O desenrolar de vivências do casal de vampiros intercala memórias fragmentadas entre passado e presente e captura com expertise a carga dramática e sarcástica dos seres da noite. A mudança da atriz de Claudia, a filha vampiresca, causa estranhamento de início, mas logo encontra seu tom e permite que o espectador se acostume. O novo ano de Entrevista mantém sua fantástica criação de um mundo sob a luz do luar, sombrio e apaixonado, incapaz de fugir da dor existencial. É hipnotizante acompanhar as criaturas na tentativa de reencontrar a inocência humana. O futuro da série promete contar a história de Lestat e dar continuidade às turbulentas decisões de Louis e Daniel. Leia a crítica aqui. – JAB

A primeira temporada de Fallout

Perder Ella Purnell em Yellowjackets deixou saudade em nossos corações, mas vê-la em Fallout é recompensador, pelo menos. A adaptação do jogo homônimo nos leva até a Terra de 2296, drasticamente transformada pela devastação nuclear. Para recuperar seu pai, Lucy decide abandonar seu abrigo autossuficiente pela primeira vez na vida e enfrentar a hostilidade do que pode encontrar por aí. O apocalipse do Prime Video não é uma versão anti-woke superficial da espetacular The Last of Us, e sabe usar muito bem o material original para construção de mundo. Fallout é brutal e política, com veia cômica na medida ao expor um território competitivo, mortífero e traiçoeiro. Com desenvolvimento de história confeccionado com precisão e direção de arte caprichada no retrofuturismo para compor visualmente os episódios, cria-se um deserto nuclear peculiar e perigoso, mas que encontra esperança no que resta de humanidade em suas personagens e espaço para rir. Leia a crítica aqui. – JAB

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