Quinta é dia de feira #11

Um pouco sobre Frankenstein Punk, de Eliana Fonseca e Cao Hamburger

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Uma noite de tempestade, um cientista maluco, um corpo remendado e… Gene Kelly? Frankenstein Punk pode até soar familiar, mas o curta-metragem de Eliana Fonseca e Cao Hamburger é uma experiência única, deliciosa e cheia de homenagens. Aqui, o temido Frankenstein nasce ao som de Singin’ In The Rain e, assim como todos nós, passa a buscar a escandalosa felicidade que Kelly promete na canção.

Sem rumo, o monstro tenta de tudo: uma amizade no posto de gasolina, um brunch com senhorinhas, um show de rock e, quem sabe, uma ida à loja de vinil. Infelizmente, a vida não é fácil para os punks e Frankenstein é recebido aos gritos e empurrões, até encontrar um pouco de amor e se render ao guarda-chuva mais famoso do Cinema.

Frankenstein Punk foi feito a quatro mãos – enquanto Cao Hamburger cuidou da animação, Eliana Fonseca ficou com o roteiro e as caracterizações. O filme foi aplaudidíssimo na sua exibição no Fest Rio de 1986, de onde saiu com a consagração de Melhor Curta-metragem, além de uma gama de outros prêmios no Festival de Gramado do mesmo ano. Na época, a dupla relatou a vontade de explorar diversos gêneros e referências de filmes para dar vida ao seu Frankenstein, e a parceria foi mais do que bem-sucedida. 

Quase 40 anos depois, esse Frank brasileiro ainda encanta pela leveza, pela diversão e, principalmente, pelas cicatrizes.

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