Atelier Rolle, uma Jornada: os resquícios e as reminiscências de alguém 

Curta-metragem ganha exibição conjunta com O Lago na 49ª Mostra de SP

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A morte de uma figura pública inflama curiosidade e acusa a humanidade da figura. No curta Atelier Rolle, uma Jornada, dois frequentes colaboradores de Jean-Luc Godard visitam seu escritório e, sob trilhas de diálogo e sons etéreos, passeiam por cada canto do local.

Olhando com carinho e distância para os objetos, Fabrice Aragno e Jean-Paul Battaggia criam uma experiência sensorial e imagética do homem que entrou para a História do Cinema. Suas posses, bem como suas inspirações e diálogos com outros pensadores e artistas, são sugeridas no contraste entre o som e a cor.

“Uma viagem micro-macroscópica pelo estúdio de Jean-Luc Godard em Rolle, na Suíça, ao mesmo tempo antro do criador, caverna de sombras e luzes e ramificação de pensamentos: uma floresta interior de cinema”, diz a sinopse do curta (Foto: Casa Azul Films)

Emulando uma prática moderna, a de filmar seu ambiente de trabalho ou lazer, o curta-metragem se estende por meia hora e deve ser um prato delicioso para os aficionados pelo realizador. Para o espectador casual, o estranhamento pelo formato e linguagem cria uma barreira que verte ou para a curiosidade ou para o tédio sublime.

Exibido na 49ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo como Apresentação Especial junto do longa O Lago, também dirigido por Aragno, Atelier Rolle, Un Voyage passou pelo FIDMarseille e angaria apaixonados e entediados em igual medida. 

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