Drag Race Brasil – 2×07 | Um Lalaparuza de péssimas decisões

Rinha de Picumãs criou pior episódio da temporada, mesmo com a jurada mais qualificada até então

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O Desafio de Lip Syncs pode tomar dois rumos: o correto, à moda do que Canada’s Drag Race fez na season 4, ou o errado, formato repetido tanto nos EUA quanto nesse episódio de Drag Race Brasil. E não havia pior momento para errar do que esse, na presença de Claudia Raia.

Depois de um mini-challenge de salsichas em parceria com o Grindr, as rainhas foram desafiadas por Grag para uma batalha estilo gladiadora. No meio do processo de maquiagem, a jurada convidada deu um pulinho no Ateliê e conversou um bocado com o Top 6.

Com Bruna Braga cada vez mais apagada na edição, a bancada de jurades pouco agregou ao episódio (Foto: World of Wonder)

O momento, sem dúvidas um dos melhores da temporada, marcou também a única interação de Claudia com as queens, visto que sem passarela ou deliberações, ela só sentou na bancada para apreciar o talento de sincronia labial. 

Para o azar da atriz e da audiência, as músicas usadas no Lalaparuza foram todas de RuPaul – e do Velho Testamento, dos tempos áureos do Drag Race milenar antes da chegada a VH1 e à MTV. I’m a Winner, Baby, U Wear It Well e A Little Bit of Love são ótimas adições como faixas de fundo e de efeitos, mas péssimas para efeitos de dublagem.

Ruby e Mellody protagonizaram o melhor Lip Sync da noite (Foto: World of Wonder)

Para piorar o que já estava péssimo, o episódio adotou o formato de “venceu, está salva”, que sacrifica a decisão de sagrar uma vencedora do capítulo e joga as perdedoras para um Bottom automático. No fim, Melina, Poseidon e Mellody venceram suas Dublagens e ganharam um pequeno poder.

Sem batom para servir de acessório para a revelação, elas salvaram Bhelchi da berlinda e deixaram que Adora Black e Ruby Nox batalhassem pela chance de continuar no programa. Sem surpresas, a top drag de Pernambuco venceu com Sissy That Walk e mandou para casa a fashion queen da franquia.

Apesar dos dois broches, Adora acabou eliminada (Foto: World of Wonder)

Setenta e cinco minutos de marasmo e enrolação tomaram conta do episódio, que poderia sim adotar o Lalaparuza com fins de efeitos dramáticos e emoção. Simples assim: o Top 3 dublaria pela chance de ganhar um broche – e salvar alguém do Bottom. Depois, as duas piores lutariam pela permanência. Melhor ainda se as músicas fossem brasileiras, clássicos do nosso grande repertório, em vez do catálogo de RuPaul.

O episódio 7 pareceu estranho para além dos acontecimentos, com diversas participantes e juradas com problema na captação do áudio. Mellody, Adora e Bruna Braga, por exemplo, soavam menos nítidas que Grag Queen e Claudia Raia. E falando na diva, qual foi a tempestade de caos que colocou-a para julgar um Lalaparuza sem ânimo desses? Que falta fez um Rusical, um desafio de atuação parodiando novelas ou qualquer outro challenge que permitiria a conexão entre a atriz e as drag queens.

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